terça-feira, 21 de abril de 2015

O poder da decisão do homem

O filme Minority Report, de Steven Spielberg, se passa em Washington no ano de 2054 e envolve muitas discussões na drama.O cenário futurista mostra como as coisas mudarão, a tecnologia e multimídia presentes na vida das pessoas é uma característica marcante,que chama atenção e está presente em praticamente todos os momentos do filme.
O filme conta a história de uma sociedade que possui um sistema de controle de crimes baseados em visões de três humanos controlados por equipamentos altamente tecnológicos.Através deles é que policiais especializados conseguem ver os crimes que ocorrerão, as vítimas e assassinos, minutos antes do ato acontecer. Assim eles impedem que o crime se concretize e o assassino é preso para sempre e sem direito de defesa. A questão é: como alguém pode ir preso por algo que não chegou a fazer? Por um ato que supostamente poderia acontecer. Mas como saber se realmente aconteceria? O ser humano é um ser variável, incerto, por isso suas atitudes dependem somente de si, do momento, do que sente e de suas escolhas, e isso ninguém pode mudar, a não ser ele mesmo. Por isso o sistema de pré-crimes, aparentemente infalível, sofre erros gigantescos. Embora o crime esteja pré- estabelecido através das visões, o ser humano tem o poder de decisão e isso tecnologia nenhuma pode mudar.
Outra questão é que a sociedade futurista é controlada e vigiada por um sistema de leitura de retina, ou seja, todo lugar que o indivíduo vai ele é identificado e localizado. Através dessa situação podemos entender que privacidade é algo que não existiria,seriamos vigiados o tempo todo,não poderíamos cometer nenhum erro, pois seriamos condenados por isso, baseando-se nessa sociedade.
A comunicação em massa e a interatividade é algo que marca o filme, as pessoas são bombardeadas e movidas de informações o tempo todo, através das multimídias,seja na notícia do jornal,na propaganda ou na revista, todas altamente digitais e quase que tocável, de tão interativa e real.
O personagem principal é um policial que sofre com o desaparecimento do filho e isso é ponto chave que faz a drama se desenrolar, embora não seja especificamente o importante do filme. As imagens guardadas do filho que se foi, em um dispositivo digital, faz com que o policial reviva momentos já passados quase que em tempo real, mais uma vez a multimídia presente no cotidiano futurista.
É possível perceber a falha do sistema quando o personagem principal, é mostrado nas visões como um assassino de um homem que ele ainda não conhece.Então ele descobre que na verdade, quando criado, o sistema foi manipulado para poder provar que ele realmente funcionava. Mostrando que a máquina, a tecnologia não é capaz de controlar os sentimentos e decisões do ser humano.
A tecnologia veio para facilitar e agilizar a vida das pessoas, ela é de extrema importância, vem crescendo cada vez mais e sendo implantada em muitas áreas com
benefícios, como por exemplo no jornalismo, nas empresas, em vendas e outras.Mas, como ela é uma invenção e aprimoramento do homem, ele é quem deve controlá-la e não deixar que a tecnologia esteja no controle.

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